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Nome Completo: António da Costa Santos
Data de Nascimento: 22/02/15
Naturalidade: Porto
Posição: Interior Direito
Ano de estreia: 1932/1933
Outros Clubes Representados: -
Internacionalizações A: -
Épocas no clube: 10
Total de Minutos: 14925
Total de Jogos: 166
Jogos Completos: 165
Jogos Incompletos: 1
Golos: 131
Total de Titulos Conquistados no Clube: 12
Campeonatos Nacionais: 2 (1938/1939 ; 1939/1940)
Campeonatos da I Liga: 1 (1934/1935)
Campeonatos de Portugal: 1 (1936/1937)
Campeonatos Regionais do Porto: 8 (1932/1933 ; 1933/1934 ; 1934/1935 ; 1935/1936 ; 1936/1937 ; 1937/1938 ; 1938/1939 ; 1940/1941)
ÉPOCA | JOGOS COMPLETOS | JOGOS INCOMPLETOS | TOTAL DE JOGOS | TOTAL DE MINUTOS | MÉDIA DE MINUTOS | GOLOS | TÍTULOS CONQUISTADOS |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1932/1933 | 2 | 0 | 2 | 180 | 9 | 2 | CAMPEONATO REGIONAL DO PORTO |
1933/1934 | 1 | 0 | 1 | 90 | 11 | 0 | CAMPEONATO REGIONAL DO PORTO |
1934/1935 | 14 | 0 | 14 | 1260 | 42 | 11 | CAMPEONATO NACIONAL DA I LIGA ; CAMPEONATO REGIONAL DO PORTO |
1935/1936 | 16 | 0 | 16 | 1440 | 50 | 17 | CAMPEONATO REGIONAL DO PORTO |
1936/1937 | 22 | 0 | 22 | 1980 | 64 | 17 | CAMPEONATO DE PORTUGAL ; CAMPEONATO REGIONAL DO PORTO |
1937/1938 | 23 | 0 | 23 | 2070 | 74 | 20 | CAMPEONATO REGIONAL DO PORTO |
1938/1939 | 23 | 1 | 24 | 2145 | 72 | 23 | CAMPEONATO NACIONAL ; CAMPEONATO REGIONAL DO PORTO |
1939/1940 | 33 | 0 | 33 | 2970 | 87 | 22 | CAMPEONATO NACIONAL |
1940/1941 | 11 | 0 | 11 | 990 | 35 | 10 | CAMPEONATO REGIONAL DO PORTO |
1941/1942 | 20 | 0 | 20 | 1800 | 55 | 9 |
1936/1937 - F.C.Porto - Belenenses (Campo do Ameal) |
António Santos, um nome com lugar de honra no passado do F.C.Porto. Oficialmente estreou-se em 1929, com 14 anos na 1ª Categoria dos Infantis do F.C.Porto, mas desde 1922 que começou a ensaiar os primeiros pontapés nas 4ª Categorias dos Infantis sob a orientação de Abel Aquino. Como Infantil fez parte das equipas que conquistaram os Campeonatos Regionais de 1929/30, 1930/31, e 1931/32.
Ascendeu à equipa sénior em 1932/33, e logo nesse ano estreou-se como Campeão Regional do Porto, ao ter alinhado em dois jogos, e ter contribuído também com dois golos para esse Título. Para além de muitos outros Títulos de Campeão Regional do Porto, venceu logo na época de 1934/1395 o 1º Campeonato da I Liga. Em 1936/37 ganhou o Campeonato de Portugal, após uma final emocionante em Coimbra com o Sporting Clube de Portugal, jogo em que ganhariam por 3-2. Nas épocas de 1938/39, e 1939/40 capitaneou as equipas do F.C.Porto que trouxeram para o clube os dois primeiros títulos de Campeões Nacionais, e consequentemente o primeiro Bi-Campeonato para o clube.
Fez também parte da Selecção do Porto por diversas vezes, e participou em vários estágios da Selecção Nacional A, embora nunca tenha chegado a internacional. Em 1938 foi convidado pela Associação Académica de Coimbra, para reforçar a equipa que tinha acabado de conquistar a primeira Taça de Portugal frente ao Benfica, para se deslocar a África, tendo sido este o único período em que representou outro clube, mas logo após o final da digressão realizada durante o defeso, regressou ao seu clube de coração. Depois de dar por terminada a carreira de jogador, ainda fez parte dos corpos gerentes do clube na Direcção presidida pelo Dr. Moreira de Sousa.
António Santos no momento em que festeja mais um dos seus 131 golos obtidos ao serviço do F.C.Porto em jogos oficiais pela equipa principal |
António Santos "in his own words":
Jogadores extraordinários
"Há realmente para mim dois jogadores extraordinários, Artur de Sousa (Pinga), e Miguel Siska. Artur de Sousa era excepcional a jogar, e a fazer jogar, com uma perfeição técnica que encantava. Siska era um guarda-redes como não voltei a ver nada que mereça comparar-se-lhe. Eram jogadores extraordinários".
António Santos e Pinga em 1935 |
"Durante os 10 anos que servi o clube tive vários treinadores, e alguns eram mesmo bons treinadores, no entanto impressionaram-me de tal modo que não posso deixar de os colocar em primeiro plano Joseph Szabo, e Siska.
Com Szabo tínhamos treinos às sete da manhã, e corríamos quilometros pela cidade. O húngaro impunha multas para os faltosos, os retardatários, ou até mesmo para quem durante as peladinhas não cumprisse a regra por ele imposta de só se rematar de fora da grande-área.
Tinha um feitio muito difícil, e era um autêntico polícia dos jogadores. Vigiava-nos nos estágios quarto a quarto, e cortava-nos de raiz as escapadinhas sexuais antes dos jogos. Chegou mesmo a ir buscar vários colegas de equipa pelas orelhas, Era terrível, mas apesar de tudo um bom homem, e um excelente treinador".
Tinha um feitio muito difícil, e era um autêntico polícia dos jogadores. Vigiava-nos nos estágios quarto a quarto, e cortava-nos de raiz as escapadinhas sexuais antes dos jogos. Chegou mesmo a ir buscar vários colegas de equipa pelas orelhas, Era terrível, mas apesar de tudo um bom homem, e um excelente treinador".
"Era muito mais belo, mais artístico, e nunca se jogava à defesa. A missão dos avançados era só e exclusivamente o ataque".
O lugar preferido dentro das quatro linhas
"Jogava de preferência a interior-direito, mas joguei muitas vezes a extremo-direito, e até a avançado-centro".
A maior alegria enquanto jogador
"Tive imensas alegrias, dado que o F.C.Porto tinha uma equipa que entrava para o campo com a ideia fixa na vitória. Mas o momento mais vibrante foi aquele em que consegui vencer pela primeira vez no Campo das Amoreiras. Era o último jogo do Campeonato de 1938/39, e tínhamos como adversário o Benfica. Com sangue suor e lágrimas vencemos por 3-2, vitória essa que nos valeu a conquista do Campeonato Nacional. Este foi realmente o momento mais marcante de toda a minha carreira desportiva, tanto mais que era o capitão dessa extraordinária equipa". (leia aqui as declarações dadas por António Santos nas vésperas deste jogo ao jornal "O Norte Desportivo")
A maior tristeza enquanto jogador
"Por ironia do destino, a hora mais ingrata senti-a também no Campo das Amoreiras, ao ser derrotado por 6-0 com o Benfica. Foi num jogo da 2ª mão da Taça de Portugal. Haviámos ganho o jogo da 1ª mão efectuado no Porto por 6-1. No jogo da 2ª mão estávamos a perder ao intervalo por 1-0, mas na segunda parte, graças ao trabalho do árbitro, em 20 minutos o Benfica marcou 5 golos, eliminando-nos. O jogo não terminou, porque por ordem do nosso Presidente, o Dr. Ângelo César, a equipa abandonou o terreno de jogo, tal estava a ser vergonhosa e escandalosa a arbitragem. Foi sem sombra de dúvida este o meu maior desgosto desportivo".
Os melhores golos da carreira
"Um contra o Belenenses, no Campo da Constituição, e outro contra o Campeão espanhol, o Bétis, a contribuir para a vitória do F.C.Porto por 4-2 na Taça Ibérica de 1935".
Porque é que há tantos benfiquistas no Norte?
"Sinceramente nunca consegui perceber isso, nem encontrar uma resposta lógica, por isso sempre que me fazem essa pergunta ou afirmação, a única coisa que me ocorre é que eu continuo a chamar-lhes mouros..."
Chamaram-no de "imortal", e dele se chegou a escrever que teria lugar em qualquer equipa do mundo.
A braçadeira de Capitão não lhe escapou desde as camadas jovens, e Carlos Pereira, um colega de equipa, chegou a recusar essa distinção, alegando que merecedor da mesma só o António Santos, pelo seu mérito, dedicação, e educação intelectual.
O Bi-Campeonato de 1939/40 deveu-se, sobretudo, àquele que ficou conhecido como "o sexteto de cordas": Bela Andrasik ( um guarda-redes que desapareceu sem deixar rasto, e ainda hoje tido como espião), Petrak, e Kordnya (também oriundos de Leste), Gomes da Costa, "Pinga", e claro está, António Santos.
Nos primeiros anos de jogador da equipa principal, dinheiro era coisa que não se via. O "amor à camisola" pagava-se a si próprio. Só quando ganhou os primeiros Títulos Nacionais é que começou a receber algum dinheiro. O seu primeiro vencimento foi de 950$00. Tempos em que as vitórias valiam 100$00 ou 200$00, consoante se jogasse em casa ou fora. O empate valia 50$00...
Quando Josef Szabo chegou ao Porto não sabia falar português, e os próprios jogadores fartavam-se de lhe ensinar a dizer asneiras, que ele repetia vezes sem conta, não sabendo ao certo o que significava aquilo que lhe iam ensinando os seus pupilos.
Uma das expressões mais frequentes de Szabo nos treinos para os jogadores, logo que começou a saber falar alguma coisa em Português era: "Senhor! Tenha tomates pretos".
Foi cobiçado ainda muito novo pelo Sporting, e António Santos acabou por estar no centro daquela que poderia ter sido na altura a primeira grande transferência de um Português para o estrangeiro em finais da década de 30.
A Académica pediu autorização ao F.C.Porto para o levar a título de empréstimo, numa digressão africana que incluiu Angola, Moçambique, e África do Sul. As exibições de António Santos encheram o olho, e o convite para ingressar no Ferroviário de Lourenço Marques não tardou.
A proposta era irrecusável... Ofereciam-lhe casa mobilada, pagavam-lhe a luz e a água, e nos primeiros seis meses ficaria a ganhar 8.000$00, que depois passariam para 12.000$00 ao fim dos seis meses. Isto em 1939 (!!!) Muito, muito dinheiro. Acabou por recusar. O apelo da família, a doença da mãe, e as duas cadeiras que faltavam para terminar o curso foram mais fortes.
Foi um portentoso remate seu que contribuiu, em parte, para uma goleada histórica do F.C.Porto ao Sporting, na época de 1936/37. A bola bate violentamente na cabeça do guarda-redes leonino Dyson, e este perdeu os sentidos. É substituído por um suplente inexpriente, de quem a equipa portista fez gato sapato, até chegar ao resultado final de 10-1.
A eterna rivalidade com o Benfica e restantes clubes do sul estava sempre presente. Quando passavam a Ponte D.Luiz I as pernas tremiam, os suores aumentavam, e isso acontecia invariavelmente à chegada a Lisboa. Nas Amoreiras jogavam os "encarnados", nas Salésias o Belenenses, e no Lumiar o Sporting.
Era sempre o fim do mundo. Uma vez até tiveram de saltar muros para fugir dos adeptos. Cuspidelas, empurrões, murros, pontapés, provocações dos árbitros... não faltava nada. Um ambiente infernal que normalmente tinha o reverso da medalha na partida de volta.
Prevenindo, já iam equipados desde o hotel e tinham muitas vezes de sair em passo de corrida. O Benfica era sem dúvida o clube do regime. O ambiente nos jogos era terrível, havia muitos árbitros corruptos, e a ditadura interferia bastante nos meios desportivos. A repressão era muita e os jogadores do F.C.Porto tinham consciência disso.
Estreia na equipa principal
F.C.Porto - 6 Leça - 1
2ª Jornada do Campeonato Regional do Porto
23 de Outubro de 1932
Campo da Constituição, no Porto
Estreia a marcar na equipa principal
O lugar preferido dentro das quatro linhas
"Jogava de preferência a interior-direito, mas joguei muitas vezes a extremo-direito, e até a avançado-centro".
A maior alegria enquanto jogador
"Tive imensas alegrias, dado que o F.C.Porto tinha uma equipa que entrava para o campo com a ideia fixa na vitória. Mas o momento mais vibrante foi aquele em que consegui vencer pela primeira vez no Campo das Amoreiras. Era o último jogo do Campeonato de 1938/39, e tínhamos como adversário o Benfica. Com sangue suor e lágrimas vencemos por 3-2, vitória essa que nos valeu a conquista do Campeonato Nacional. Este foi realmente o momento mais marcante de toda a minha carreira desportiva, tanto mais que era o capitão dessa extraordinária equipa". (leia aqui as declarações dadas por António Santos nas vésperas deste jogo ao jornal "O Norte Desportivo")
A maior tristeza enquanto jogador
"Por ironia do destino, a hora mais ingrata senti-a também no Campo das Amoreiras, ao ser derrotado por 6-0 com o Benfica. Foi num jogo da 2ª mão da Taça de Portugal. Haviámos ganho o jogo da 1ª mão efectuado no Porto por 6-1. No jogo da 2ª mão estávamos a perder ao intervalo por 1-0, mas na segunda parte, graças ao trabalho do árbitro, em 20 minutos o Benfica marcou 5 golos, eliminando-nos. O jogo não terminou, porque por ordem do nosso Presidente, o Dr. Ângelo César, a equipa abandonou o terreno de jogo, tal estava a ser vergonhosa e escandalosa a arbitragem. Foi sem sombra de dúvida este o meu maior desgosto desportivo".
Nesta fotografia é bem visível a dureza dos jogadores do Benfica para com os jogadores do F.C.Porto. Na fotografia António Santos é violentamente pontapeado por um jogador do Benfica |
Os melhores golos da carreira
"Um contra o Belenenses, no Campo da Constituição, e outro contra o Campeão espanhol, o Bétis, a contribuir para a vitória do F.C.Porto por 4-2 na Taça Ibérica de 1935".
António Santos (de costas) a festejar o golo, enquanto os adversários estão derrotados, e caídos por terra |
Porque é que há tantos benfiquistas no Norte?
"Sinceramente nunca consegui perceber isso, nem encontrar uma resposta lógica, por isso sempre que me fazem essa pergunta ou afirmação, a única coisa que me ocorre é que eu continuo a chamar-lhes mouros..."
O que se disse sobre António Santos:
Chamaram-no de "imortal", e dele se chegou a escrever que teria lugar em qualquer equipa do mundo.
A braçadeira de Capitão não lhe escapou desde as camadas jovens, e Carlos Pereira, um colega de equipa, chegou a recusar essa distinção, alegando que merecedor da mesma só o António Santos, pelo seu mérito, dedicação, e educação intelectual.
António Santos exercendo as suas funções de capitão de equipa |
O Bi-Campeonato de 1939/40 deveu-se, sobretudo, àquele que ficou conhecido como "o sexteto de cordas": Bela Andrasik ( um guarda-redes que desapareceu sem deixar rasto, e ainda hoje tido como espião), Petrak, e Kordnya (também oriundos de Leste), Gomes da Costa, "Pinga", e claro está, António Santos.
"O sexteto de cordas": Da esquerda para a direita de joelhos: António Santos, Petrak, e Pinga. De pé: Bela Andrasik; Kodnya, e Gomes da Costa |
António Santos (o segundo da esquerda para a direita) exibe ao peito a sua colecção de medalhas |
O pai de António Santos era portista dos quatro costados, e o filho não lhe ficou atrás. Uma das primeiras prendas de aniversário foi precisamente um equipamento completo do F.C.Porto, que lhe haveria de marcar o destino...
Coleccionou taças e medalhas...
Nos primeiros anos de jogador da equipa principal, dinheiro era coisa que não se via. O "amor à camisola" pagava-se a si próprio. Só quando ganhou os primeiros Títulos Nacionais é que começou a receber algum dinheiro. O seu primeiro vencimento foi de 950$00. Tempos em que as vitórias valiam 100$00 ou 200$00, consoante se jogasse em casa ou fora. O empate valia 50$00...
O marketing de 1935 (!!!) [click na foto para ampliar]
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Uma das expressões mais frequentes de Szabo nos treinos para os jogadores, logo que começou a saber falar alguma coisa em Português era: "Senhor! Tenha tomates pretos".
Os jogadores em estágio antes de um Benfica - F.C.Porto em 1935 (António Santos é o primeiro em pé da direita para a esquerda) |
Foi cobiçado ainda muito novo pelo Sporting, e António Santos acabou por estar no centro daquela que poderia ter sido na altura a primeira grande transferência de um Português para o estrangeiro em finais da década de 30.
A Académica pediu autorização ao F.C.Porto para o levar a título de empréstimo, numa digressão africana que incluiu Angola, Moçambique, e África do Sul. As exibições de António Santos encheram o olho, e o convite para ingressar no Ferroviário de Lourenço Marques não tardou.
A proposta era irrecusável... Ofereciam-lhe casa mobilada, pagavam-lhe a luz e a água, e nos primeiros seis meses ficaria a ganhar 8.000$00, que depois passariam para 12.000$00 ao fim dos seis meses. Isto em 1939 (!!!) Muito, muito dinheiro. Acabou por recusar. O apelo da família, a doença da mãe, e as duas cadeiras que faltavam para terminar o curso foram mais fortes.
António Santos sempre acutilante no ataque, e uma ameaça constante para os guarda-redes adversários |
Foi um portentoso remate seu que contribuiu, em parte, para uma goleada histórica do F.C.Porto ao Sporting, na época de 1936/37. A bola bate violentamente na cabeça do guarda-redes leonino Dyson, e este perdeu os sentidos. É substituído por um suplente inexpriente, de quem a equipa portista fez gato sapato, até chegar ao resultado final de 10-1.
Era sempre o fim do mundo. Uma vez até tiveram de saltar muros para fugir dos adeptos. Cuspidelas, empurrões, murros, pontapés, provocações dos árbitros... não faltava nada. Um ambiente infernal que normalmente tinha o reverso da medalha na partida de volta.
António Santos num Benfica - F.C.Porto, ainda no chão depois de participar numa jogada que deu mais um golo dos azuis e brancos contra os eternos rivais de Lisboa
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Prevenindo, já iam equipados desde o hotel e tinham muitas vezes de sair em passo de corrida. O Benfica era sem dúvida o clube do regime. O ambiente nos jogos era terrível, havia muitos árbitros corruptos, e a ditadura interferia bastante nos meios desportivos. A repressão era muita e os jogadores do F.C.Porto tinham consciência disso.
Mais uma fase de um jogo Benfica - F.C.Porto, em que fica bem patente a agressividade dos jogadores "encarnados" (António Santos é o jogador do lado direito da imagem) |
António Santos foi desde muito novo o porta estandarte, capitão, e a imagem da equipa e do F.C.Porto |
As estreias de António Santos nas diferentes competições como titular e marcador da equipa principal do F.C.Porto
Estreia na equipa principal
F.C.Porto - 6 Leça - 1
2ª Jornada do Campeonato Regional do Porto
23 de Outubro de 1932
Campo da Constituição, no Porto
António Santos no momento em que marca um golo de cabeça |
Estreia a marcar na equipa principal
Progresso - 0 F.C.Porto - 9
8ª Jornada do Campeonato Regional do Porto
5 de Fevereiro de 1933
Campo da Constituição, no Porto
2 Golos (Fez o 0-5 e 0-6)
Estreia no Campeonato da I Liga
António Santos disputa a bola com um adversário |
Estreia no Campeonato da I Liga
União de Lisboa - 0 F.C.Porto - 2
5ª Jornada
17 de Fevereiro de 1935
Campo de Santo Amaro, em Lisboa
Estreia a marcar no Campeonato da I Liga
Desta vez o guarda-redes chegou primeiro... |
Estreia a marcar no Campeonato da I Liga
F.C.Porto - 4 Sporting - 2
7ª Jornada
3 de Março de 1935
Estádio do Lima, no Porto
1 Golo (Fez o 2-0)
Estreia no Campeonato de Portugal
António Santos disputa a bola entre dois adversários |
Estreia no Campeonato de Portugal
Olhanense (III) - 4 F.C.Porto - 4
1ª Eliminatória (1ª Mão)
19 de Maio de 1935
Estádio Padinha, em Olhão
Olhanense (III) - 4 F.C.Porto - 4
1ª Eliminatória (1ª Mão)
19 de Maio de 1935
Estádio Padinha, em Olhão
2 Golos ( Fez o 1-2 e 3-3)
Estreia no Campeonato Nacional
António Santos rodeado de adversários |
Estreia no Campeonato Nacional
F.C.Porto - 2 Sporting - 1
1ª Jornada
8 de Janeiro de 1939
Campo da Constituição, no Porto
Estreia a marcar no Campeonato Nacional
António Santos, sempre uma "seta" apontada à baliza adversária |
Estreia a marcar no Campeonato Nacional
Académica - 1 F.C.Porto - 2
2ª Jornada
19 de Fevereiro de 1939
Campo de Santa Cruz, em Coimbra
1 Golo (Fez o 1-1)
Estreia na Taça de Portugal
António Santos, sempre de olhos postos na bola |
Estreia na Taça de Portugal
V.Guimarães (II) - 3 F.C.Porto - 2
1ª Eliminatória (1ª Mão)
14 de Maio de 1939
em Guimarães
Estreia a marcar na Taça de Portugal
Onde estiver o guarda-redes adversário, António Santos está por perto |
Estreia a marcar na Taça de Portugal
V.Guimarães (II) - 3 F.C.Porto - 2
1ª Eliminatória (1ª Mão)
14 de Maio de 1939
em Guimarães
1 Golo (Fez o 2-2)
Lisboa 12/05/35 - Estádio do Lumiar - 14ª e Última Jornada do Campeonato da I Liga: Sporting - 2 F.C.Porto - 2 (Campeões Nacionais) |
Estatísticas gerais de António Santos no F.C.Porto
António Santos é o quarto agachado da direita para a esquerda |
Jogos
- Campeonato Nacional - 57
- Campeonato Regional do Porto - 41
- Campeonato da I Liga - 35
- Campeonato de Portugal - 18
- Taça de Portugal - 15
Clubes a quem marcou os 131 Golos da sua carreira
Clubes a quem marcou os 131 Golos da sua carreira
Boavista - 21
Belenenses - 9
- Olhanense - 8
Académico do Porto - 8
- Benfica - 7
Académica de Coimbra - 7
Carcavelinhos - 6
Salgueiros - 6
Sporting - 5
V.Guimarães - 5
Sp.Braga - 4
V.Setúbal - 4
Leça - 4
Barreirense - 4
Progresso - 2
Coimbrões - 2
Casa Pia - 2
A festa dos golos |
Golos
- Campeonato Regional do Porto - 45
- Campeonato Nacional - 34
- Campeonato de Portugal - 20
- Campeonato da I Liga - 17
- Taça de Portugal - 15
Galeria de fotografias
Até o Carnaval servia de pretexto para jogos de futebol bem divertidos. António Santos, nem nestas situações deixava de comparecer!!! |
António Santos na equipa de Infantis do F.C.Porto num dos seus primeiros anos como jogador do clube |
Duas das equipas infantis do F.C.Porto que foram Campeãs Regionais |
António Santos, o infantil, e o... sénior |
Dois lances junto aos guarda-redes adversários, com António Santos como principal protagonista |
Duas fotografias de António Santos exibindo orgulhosamente a sua camisola azul e branca |
"ossos do ofício"... é assim a vida de um profissional do futebol |
A equipa do F.C.Porto que no dia 11 de Janeiro de 1934 bateu o Atl. Madrid por 4-1 em jogo particular |
Na foto da direita António Santos exibe as belíssimas camisolas de estágio |
Mais uma das melhores equipas do F.C.Porto da época 1934/35 (António Santos é o segundo agachado da esquerda para a direita) |
Duas sequências de imagens da recepção que a equipa do F.C.Porto foi alvo na cidade Invicta após a vitória no Campeonato de Portugal de 1936/37 em Coimbra frente ao Sporting por 3-2 |
Campeões de Portugal na época 1936/37!!! Belo conjunto de jogadores que tomaram parte dessa batalha. o Troféu conquistado completa o conjunto... (António Santos é o primeiro sentado da esquerda para a direita) |
Esta também está entre as boas equipas do F.C.Porto. Refere-se à época de 1937/38 (António Santos é o segundo agachado da esquerda para a direita) |
A equipa do F.C.Porto vencedora do Campeonato de Portugal da época 1936/37 (António Santos é o segundo agachado da esquerda para a direita) |
O F.C.Porto prestou sempre homenagem aos seus Campeões. Este é o grupo que venceu o Campeonato Nacional de 1938/39 (António Santos é o segundo agachado da esquerda para a direita) |
Campo da Constituição, no dia de uma parada desportiva dedicada aos Campeões Nacionais de 1938/39. Na vanguarda, recebendo os aplausos do público, pode ver-se António Santos (o segundo da esquerda para a direita) |
Jogo Disputado no Campo da Constituição a 02/07/1939, em que o F.C.Porto derrotou o Alavés de Espanha por 5-2 |
António Santos foi por diversas vezes chamado à Selecção do Porto, conforme documenta a convocatória exibida acima, bem com a respectiva foto (em que é o quarto em pé da direita para a esquerda) |
Depois de terminar a carreira, António Santos nunca deixou de seguir bem de perto as exibições da sua equipa de coração. Aqui nos camarotes do Campo da Constituição (é o primeiro de chapéu da direita para a esquerda), acompanhado de sua esposa |
Os "velhos" atletas do F.C.Porto reuniam-se muitas vezes para matarem saudades do tempo em que lutavam e ganhavam campeonatos. Aqui temos grandes Campeões do F.C.Porto. Entre eles está como não podia deixar de ser António Santos (o quarto de pé da esquerda para a direita) |
António Santos exibe orgulhosamente as suas medalhas na Inauguração do Estádio das Antas |
Estávamos em 1969, jogo de veteranos do F.C.Porto no Campo de treinos do Estádio das Antas F.C.Porto -Selecção de Lisboa - vitória do F.C.Porto por 5-4 (António Santos é o segundo agachado da esquerda para a direita) |
António Santos, Barrigana, e Hernâni... Estávamos em 1981. Quem sabe nunca esquece... |
Setembro de 1981, Campo de treinos do Estádio das Antas, os históricos perfilam-se para mais um jogo das "velhas guardas" do F.C.Porto (António Santos é o primeiro agachado da esquerda para a direita) |
Estávamos em 1995... |
Medalhas dos Campeonatos, e das Homenagens...
30 de Abril de 1998... |
Campeonato Infantil 1929/1930 e Campeonato Infantil 1930-1931 |
Campeonato da I Liga 1934/1935 e Campeonato de Portugal 1936/1937 |
Campeonato Nacional 1938/1939 e Campeonato Nacional 1939/1940 |
Homenagem aos Campeões da I Liga 1934/1935 ; Homenagem aos Campeões Nacionais 1939/1940 ; XXXII Lisboa-Porto em Selecções |
O orgulho de qualquer Campeão em todo o seu esplendor... |
Mas como as Lendas nunca morrem... |
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