Campeonato Nacional 55/56

Foi o fim do primeiro período de abstinência no F.C.Porto. Já lá iam 15 anos sem saber o que era chegar ao fim do campeonato em primeiro lugar. E foi o fim porque no início da temporada chegou às Antas um senhor chamado Dorival Knippel, tinha sido guarda-redes, vinha de Minas Gerais, no Brasil, e era conhecido por Yustrich. Os seus conhecimentos sobre futebol eram avançados para a época, mas para ele não tinham efeitos práticos se não associados ao treino uma diesciplina rígida.


Barrigana, ídolo incontornável dos adeptos, que há anos defendia as balizas do F.C.Porto e considerado o melhor no seu posto, foi só uma das primeiras vítimas deste brasileiro de aço. Dispensou o jogador depois de uma desavença entre ambos. Yustrich, que foi ao ponto de bater num atleta, usava o confronto como arma e até com Hernâni, o melhor jogador da equipa, chegou quase a vias de facto.


Impôs os estágios antes e depois dos jogos, sobretudo para controlar os jogadores solteiros e amarrar os casados, as queixas eram muitas, até associados se insurgiam por vezes contra os métodos, mas a verdade é que no final todos foram unânimes. Se não fosse este treinador, o F.C.Porto não tinha conhecido tão cedo, e de novo, o caminho dos títulos.


O último jogo foi nas Antas frente à Académica de Coimbra. 3-0 foi o resultado num estádio cheio como um ovo que festejou efusivamente um título conquistado ao Benfica pela diferença de golos no confronto directo. O F.C.Porto venceu por 3-0 o Benfica nas Antas, e empatou a um golo na Luz.



























Mas conseguiu o melhor ataque, com 77 golos, a melhor defesa, com 20 golos sofridos, e o melhor marcador da equipa foi Jabúru, com 22 golos concretizados. Não houve dúvidas quanto ao vencedor. O F.C.Porto voltava a ser a melhor equipa do campeonato, 15 anos depois de ter conquistado o ceptro máximo do futebol.









































Último jogo do campeonato contra a Academica de Coimbra






































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