Foi o fim do primeiro período de abstinência no F.C.Porto. Já lá iam 15 anos sem saber o que era chegar ao fim do campeonato em primeiro lugar. E foi o fim porque no início da temporada chegou às Antas um senhor chamado Dorival Knippel, tinha sido guarda-redes, vinha de Minas Gerais, no Brasil, e era conhecido por Yustrich. Os seus conhecimentos sobre futebol eram avançados para a época, mas para ele não tinham efeitos práticos se não associados ao treino uma diesciplina rígida.
Barrigana, ídolo incontornável dos adeptos, que há anos defendia as balizas do F.C.Porto e considerado o melhor no seu posto, foi só uma das primeiras vítimas deste brasileiro de aço. Dispensou o jogador depois de uma desavença entre ambos. Yustrich, que foi ao ponto de bater num atleta, usava o confronto como arma e até com Hernâni, o melhor jogador da equipa, chegou quase a vias de facto.
Impôs os estágios antes e depois dos jogos, sobretudo para controlar os jogadores solteiros e amarrar os casados, as queixas eram muitas, até associados se insurgiam por vezes contra os métodos, mas a verdade é que no final todos foram unânimes. Se não fosse este treinador, o F.C.Porto não tinha conhecido tão cedo, e de novo, o caminho dos títulos.
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